Como vai estar a sua vida daqui a
cinco anos?
Espero que esta pergunta
inquietante não lhe cause um vazio existencial e que consiga respondê-la sem a
menor dificuldade. Que você esteja realmente tocando sua vida sem medo do
futuro ou medo de si mesmo, medo da sua fragilidade e incapacidade de dirigir o
seu destino.
Afinal, você está fazendo a lição de casa, que
se propôs nos últimos anos, como um buscador do domínio da sua própria vida? É
quase desnecessário fazer todas as outras perguntas que se originam destas, mas
vamos lá:
O que você quer para sua vida? O que você vai
fazer para chegar lá? O que fez até
hoje? Do que é capaz? O que precisa ou deve fazer? E, num nível mais profundo:
Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?
Como um estudante rosacruz, aprendemos que na
vida o crescimento e a evolução são sempre constantes, mesmo que em certos
momentos não percebemos isso. Cada situação e experiência nos leva ao confronto
com as limitações que temos e o embate entre a realidade que construímos e os
propósitos que carregamos. Desde as primeiras lições da AMORC temos a visão de
que, com o estudo e o esforço de realizar, podemos melhorar o nosso ser,
conhecendo as leis que regem o universo, dominando os seus elementos e
atingindo o tão sonhado domínio da vida.
Desaparece então o medo, pois sobrevém
o firme pensamento de que o potencial para responder todas as questões vem de
dentro de nós mesmos. Em outras palavras, o nosso futuro está em nossas mãos. E
mesmo inconscientemente o estamos construindo dia a dia.
Agora é a melhor hora para refazermos nossos planos
de viagem pela vida e seguir em frente com mais consciência. Agora é a hora
para, como um executivo de sucesso, estabelecer metas, objetivos, planos,
controles, para organizar estratégias e melhores ações.
Quais são nossos reais objetivos?
O que queremos atingir em cada setor de nossa vida? Onde estamos hoje? Onde
queremos chegar? Que recursos possuímos? O que precisamos desenvolver em nós
mesmos? Que auxílio externo precisamos? Que forças internas podemos
desencadear? E finalmente, mas não menos importante, somos tão felizes quanto
queremos ser? E sobre isso, disse um filósofo: “a única obrigação na vida é ser
feliz”, mas no que consiste esse sentimento de felicidade?
Mesmo que no mundo a felicidade
adquira certos contornos comuns à maioria dos homens, esse sentimento é pessoal
e intransferível e só pode brotar quando, acima de tudo, somos fiéis a nós
mesmos. Esse deve ser o nosso ponto de partida. O que nos faz feliz? E essa é
uma resposta que só pode vir da consciência de cada um e, a partir dessa
resposta, devemos iniciar o nosso plano de construção pessoal de vida.
Para alguns, pode ser até preciso
um auxílio para clarear a mente contaminada por muita pressão externa, para que
se possa chegar ao âmago do ser e poder responder a esse questionamento baseado
numa verdade interior.
Tudo isso nos levará a outra
questão crucial: Qual é a nossa missão de vida? Pois somente esta descoberta se
traduzirá num sentimento interno de felicidade, que em outras palavras, dará a
sensação profunda de crescimento e desenvolvimento da consciência, a verdadeira
prosperidade.
Portanto para que possamos prosperar é preciso
que sejamos fiéis a nós mesmos, tenhamos objetivos, concentração de esforços,
pensamentos e ações dirigidas ao alvo pretendido. E como o universo “conspira”
a favor de quem age com objetivos evolutivos, acabamos atraindo os fatores
necessários as nossas realizações pelas nossas próprias ações e recebemos
também uma “mãozinha” do universo através de circunstâncias “casuais” pois
estamos em harmonia com a grande causa universal que é a evolução.
Por fim a prosperidade deve
abranger vários aspectos da vida: negócios, família, relacionamentos,
consciência, saúde, etc. Pois não há como sermos felizes sem considerar a vida
como um todo que, não sendo perfeito em si, devemos trabalhar para construir a
cada dia, de forma consciente, organizada e calcada em nossas aspirações
interiores, de onde obtemos a energia para a sua concretização.
Este texto é uma síntese de uma
publicação do consultor de empresas e Frater da nossa Ordem, Irineu Cassel.